De
repente um magnetismo atrai seus olhos e eles não desviam mais. Sua respiração
cessa por segundos, seu estômago é massageado e contorcido ao mesmo tempo. Seu
corpo não se move, não reage, não (quer) escuta quem te chama.
Logo
você aterrissa por insistência externa, mas seus pés continuam flutuando. Tenta
entender o que aconteceu (está acontecendo), mas faltam palavras (desejo) para
se justificar para alguém.
O segundo contato, o formal. E os olhos oficialmente não se deslocam, na presença, desde então.
O segundo contato, o formal. E os olhos oficialmente não se deslocam, na presença, desde então.
As
bochechas aquecem indicando possível vermelhidão. É muito constrangimento 'sem'
razão. Palavras descritivas, fogem do vocabulário sem hora marcada para o
retorno. As ações internas se aceleram a cada aproximação dos corpos, que
balbuciam inutilidades quando juntos, na tentativa de expressarem/esconderem o
que se sente.
A
admiração por aqueles olhos é tão intensa, que assim que eles apontam no seu
campo de visão grudam e nada mais os desconcentra.
Foram
24 horas de conexão visual, já são 72 horas de ausência. Meus olhos órfãos
apelam pelas palavras flutuantes na tentativa de eternizarem aquele outro par,
que não saem da minha visão mesmo quando adormeço.